Curiosidades

Tudo por trás do bocejo

Por definição, o bocejo é a “inspiração involuntária longa com a boca aberta, frequentemente acompanhada pelo ato de se espreguiçar”. Também é possível encontrar definições que associem o ato de bocejar ao sono e ao aborrecimento. Mas existem hipóteses que defendem outras funções para essa ação tão “contagiosa”.

Ainda nos dias atuais, não há certeza sobre suas funções fisiológicas, havendo inúmeras teorias ainda em testes. Na década de 1980, acreditava-se que o bocejo era uma resposta às baixas taxas de oxigênio no sangue, mas a hipótese foi descartada, em 1987. Uma das teorias correntes é a de Andrew Gallup, professor-assistente de psicologia no Instituto Politécnico da Universidade Estadual de Nova York, que aborda a função do bocejo como uma técnica de resfriamento do cérebro, auxiliando na regulação da temperatura cerebral e corporal. Essa hipótese explica a relação do sono e do cansaço, sendo condições ligadas à elevação da temperatura cerebral.

Existem também mais duas teorias. A “teoria do despertar” defende a função biológica de manter o indivíduo acordado, agindo em combate ao sono, enquanto a “teoria da comunicação” trata o ato como uma ferramenta de interação com o propósito de sincronizar o comportamento de um grupo.

Uma curiosidade é a comprovação científica de que colocar uma bolsa de água quente na cabeça provoca uma maior frequência de bocejos, enquanto a bolsa de água causa o efeito contrário. Esse fato está ligado a uma outra pesquisa realizada em Viena, na Áustria, e Tucson, na região desértica dos Estados Unidos, que examinou 120 pessoas. O estudo concluiu que o ato de bocejar é menos frequente em ambientes de temperaturas extremas, sendo desnecessário o resfriamento do corpo em temperaturas muito baixas e incoerente em ambientes muito quentes. Assim, habitantes de regiões com temperaturas medianas tendem a bocejar mais.

Afinal, o bocejo é contagioso?

Quanto ao caráter contagioso do bocejo, e sabe-se lá quantas vezes a vontade de bocejar veio à tona durante a leitura desta reportagem, a ciência já o comprovou. Uma vez que estudos de imagens cerebrais comprovam que ver outro indivíduo bocejando causa a ativação das áreas do cérebro responsáveis pelas funções sociais, acredita-se que a empatia gere influência no bocejo contagioso. Além do ser humano, esse fenômeno também pode ser observado em cães, chimpanzés e em outros animais.

Então, na próxima vez que vir alguém bocejar, fica o desafio de não bocejar também. Caso consiga, talvez você seja parte da minoria imune ao fenômeno. Mas se não conseguir aguentar a vontade, convenhamos, você não precisa esquentar a cabeça.

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