Curiosidades

Por trás da sorte: desvendando as simbologias

Desde a primeira moeda à caneta azul que contribuiu com a nota máxima da prova. São muitos os elementos que representam a sorte, mas você sabe as origens por trás dessas simbologias? Destacamos aqui alguns dos mais conhecidos para compreendermos de onde surgiram esses significados.

(Reprodução/Wikipedia)

Começando pelo mais famoso de todos, o trevo de quatro folhas (Trifolium) é, na verdade, resultado de uma anomalia genética do trevo comum (de três folhas). Isso explica sua raridade, com estimativa de existir apenas 1 a cada 10 mil exemplares com essa peculiaridade.

Sua fama começou por volta de 200 a.C. na Inglaterra e Irlanda. Em razão do formato “perfeito” parecido com uma cruz, remetendo assim ao sagrado, os antigos associavam a planta à unidade e ao equilíbrio. Diz-se que o trevo de quatro folhas concede não só boa sorte, mas também saúde e harmonia a quem o encontra.

Sobre as folhas, existem diferentes simbologias. Há aqueles que concedem a cada uma o amor, a fé, a esperança e a sorte. Também se associam os folíolos às quatro fases da lua, às quatro estações, aos quatro pontos cardeais e aos quatro elementos da natureza (Fogo, Terra, Água e Ar).

A abundância dessas raridades nas terras irlandesas abastece a expressão “Luck of the Irish” (Sorte Irlandesa), eternizada em uma canção de John Lennon, e bem famosa no dia de São Patrício (Saint Patrick).

Outro símbolo da sorte é a ferradura, considerado como amuleto poderoso desde a Grécia Antiga. Essa simbologia faz referência ao ferro, visto pelos gregos como elemento de proteção ao mal, e ao formato que lembra a fase crescente da Lua, representando a fertilidade e prosperidade. Os romanos, em herança à tradição grega, adotaram a superstição e passaram adiante, enquanto os cristãos europeus creditam a origem da sorte à lenda de São Dunstan de Canterburry (924-988).

Segundo a tradição, deve-se colocar a ferradura acima da porta, com as pontas viradas para cima para a sorte não ir embora. Já na Espanha, acredita-se que deve apontar para baixo para que a sorte se espalhe por toda a casa.

(Reprodução/Santuário Senhor do Bonfim)

Um símbolo nacional, típico da cidade de Salvador, na Bahia, as fitinhas do Senhor do Bonfim são comumente atadas em torno do pulso, no tornozelo, ou até mesmo amarrada em portões de igrejas. Conta a tradição que seu uso vem do antigo costume de vestir tiras de roupas de santos para adquirir sorte e proteção, mas com o passar do tempo, essas vestes foram se tornando cada vez mais raras e acabaram sendo substituídas pelas fitas coloridas. Este elemento é tido como manifestação cultural do sincretismo religioso que resgata características da colonização brasileira e cultura africana.

Segundo a crença popular, a fita do Bonfim deve envolver o pulso esquerdo com duas voltas e ser amarrada com três nós, cada um correspondendo a um pedido, sendo realizados apenas quando a fita se romper espontaneamente. Porém, para isso, ressalva-se que a fita deve ser recebida como presente, e não comprada.

O que é sorte, se existe, se está nas simpatias, nos mitos, nas folhas, nas fitas, o que for.  Ainda existem tantos outros símbolos para mencionar e contar histórias sobre, afinal, o ser humano traz a sorte em suas religiões, cotidiano, aspirações profissionais e pessoais. Mesmo assim, cada um possui sua própria visão e crença acerca dessa energia que assume tantas simbologias e faz parte de tantas lendas ao longo da história da humanidade. Então, a pergunta é: qual símbolo traz sorte para você?

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