Filme para os que amam e para os que odeiam o Natal, “Tudo bem no natal que vem”, lançado neste dezembro no Netflix, traz a história de Jorge (Leandro Hassum), um capricorniano que odeia o natal, visto que seu aniversário compete com o do cara mais famoso do mundo: Jesus, durante vários natais, pois devido a um acidente, são as únicas coisas que ele se lembra.
O início do longa traz uma sensação de reconhecimento, pois mostra uma realidade muito comum dos brasileiros, o nosso trânsito, o calor de dezembro, os vendedores ambulantes no farol, os mercados lotados, as compras de última hora… Com isso, começamos a criar uma empatia gostosa com o personagem, um sentimento que só cresce quando chega a noite de natal e conseguimos encontrar a nossa família, na família do Jorge.
Depois de um acidente na noite natalina, Jorge fica preso ao natal enquanto os anos vão passando. É aí que começa nossa história. Jorge vê os problemas se repetindo, desiste, toma remédios, sofre sem ver os filhos crescendo e o pior, sofre com as consequências de tudo que fez ao longo da vida, mas não se lembra.
É importante apontar que todos os problemas de Jorge foram essenciais para desenvolver a sensibilidade dele, a fim de criar uma mudança de pensamento e de visão em relação a cada uma das coisas que ele via como um problema.
Ou seja, de uma forma cômica e desconstruída, o filme nos ensina a valorizar não só o que somos, mas o que temos hoje. Através de Jorge, percebemos como a vida passa rápido, como as coisas mudam e como nossas decisões são extremamente importantes não só para o nosso futuro, mas também para o futuro de quem amamos. Nossa postura frente as coisas que acontecem podem transformar a nossa vida.
Como é natal, não darei spoilers de como termina essa história, mas deixo aqui meu selo de aprovação e minha indicação para acender a chama do amor natalino aí na sua casa.
