Ao redor do mundo

Tanzânia: o lar do Serengeti e Kilimanjaro

Situada na África Oriental, na porção subsaariana, a Tanzânia abriga cerca de 58 milhões de habitantes (2019) e recebe 2 milhões de turistas por ano, sendo destaque no continente por seus parques nacionais. Ao norte do país, próximo ao Quênia, encontra-se a segunda montanha mais alta do mundo, o Monte Kilimanjaro (5895m).

Parque Nacional de Serengeti (Reprodução/Portal oficial)

O Parque Nacional de Serengeti, localizado entre o norte da Tanzânia e o sudoeste do Quênia, ocupa mais de 14.000 km2 e foi tombado como Patrimônio Mundial pela UNESCO, em 1981. Sua fama provém da ecorregião de Serengeti, que abriga grandes populações de animais herbívoros (como zebras, gnus e gazelas) e outros grandes mamíferos (elefantes, hipopótamos, rinocerontes, búfalos), além das mais de 500 espécies de pássaros. Entre maio e setembro ocorre a “Grande Migração” de gnus e zebras, que atravessam o Rio Mara, infestado de crocodilos, em direção ao Quênia. A livre circulação da vida selvagem pelos mais de 40.000 km2 de savana garante um equilíbrio ecológico à região e atrai turistas do mundo inteiro às “imensas planícies” (serengeti, na língua massai).

Cidade de Pedra, Zanzibar (Reprodução/Muhammad Mahdi Karim)

Na costa do país, encontra-se o arquipélago de Zanzibar, território de influência árabe famoso por ser a terra-natal do cantor Freddie Mercury (vocalista da banda britânica Queen). O ídolo do rock nasceu na Cidade de Pedra, região mais antiga da ilha de Zanzibar, que conserva construções históricas do século XIX – foi declarada como Patrimônio Mundial pela UNESCO, em 2000. Ainda no arquipélago, há também a ilha de Mafia, onde foi criado o primeiro parque marinho da Tanzânia, em 1995. Entre agosto e outubro é possível observar baleias jubarte e, entre o final de novembro e março, tubarões-baleia.

Dispondo de um PIB per capita de 1.122,12 de dólares (2019), cerca de 70% da população tanzaniana vivem uma realidade de pobreza (representando arrecadação de menos de 1 dólar por dia). Essa desigualdade é demonstrada na prática quando são analisados ainda outros indicadores de desenvolvimento, como os 35% de habitantes em condições de subnutrição (2010); 36,4% de mortalidade infantil (2020); taxa de analfabetismo alcançando os 22,1% (2015), além da crescente dívida externa nos últimos anos. Vale acrescentar, porém, que a taxa de mortalidade infantil diminuiu 13% em dez anos (e cerca de 41,5% comparado a 2000), representando otimismo quanto aos investimentos sociais do país.

Presidente John Magufuli (Reprodução/DW)

Durante o período de pandemia, o presidente John Magufuli, reeleito para seu segundo mandato em 2020, apresentou uma postura tida como negacionista diante da ameaça do coronavírus: além de alegar que “Deus e inalação” seriam os protetores do povo tanzaniano contra a covid-19, o ex-professor de química ainda denunciou as vacinas como parte de uma conspiração ocidental para tomar as riquezas da África e foi contra o uso de máscaras e o distanciamento social. Em constantes embates à OMS, a Tanzânia se declarou livre do vírus “graças às orações” e, em fevereiro, atribuiu oficialmente a onda de mortes à pneumonia. No dia 17 de março deste ano, foi anunciada a morte do presidente Magufuli, que não aparecia em público desde 27 de fevereiro, sendo informado que a causa eram “problemas cardíacos” (há especulações, levantadas pela oposição, de que ele havia contraído a covid-19).

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