Curiosidades

Erros comuns de português

A língua portuguesa pode ser considerada complexa até mesmo àqueles que a têm como língua materna, sendo conteúdo essencial à formação escolar. Todavia, o foco do cotidiano não são as colocações pronominais, o uso de crase ou saber identificar um complemento nominal em uma oração. Embora seja o nono idioma mais falado no mundo, segundo o Ethnologue (2020), o português escrito não é dominado por todos os nativos da língua, que acabam se baseando na sonoridade das palavras ao redigir textos e publicá-los na internet. Pensando nisso, o Saturnando separou dicas para não cometer alguns dos erros mais comuns da linguagem escrita, principalmente em feeds das redes sociais.

 

Traz x Trás

Apesar de representarem ideias bem diferentes, a sonoridade similar engana muitos internautas. Enquanto “traz” atribui sentido de trazer, como em “meu tio traz meu almoço todos os dias”, “trás” exprime posição, sendo mais fácil de memorizar por sua semelhança – quanto à escrita e ao sentido – com “atrás”.

 

Agente x A gente

Nesse caso, vale lembrar da franquia de filmes do ilustre “007”, o incomparável agente James Bond, toda vez que a dúvida surgir. Dessa forma, sobra apenas “a gente” quando a música de Tim Maia fizer sentido: “Eu e você, você e eu”.

 

Há x A

Quando aplicadas no sentido de tempo, a palavra “Há” representa o passado e “A”, o futuro. Uma boa dica para memorizar é pensar de forma mais concreta na construção dos vocábulos, de forma que “História” e “Há” compartilham da mesma letra inicial (e, pensando bem, passado e história têm tudo a ver, não acha?).

 

Mas x Mais

O mais comum dos erros, principalmente pela sonoridade, que é uma grande armadilha. A conjunção “mas” traz consigo a ideia de oposição, sendo comumente substituída por outras conjunções adversativas, como “porém”, “contudo”, “todavia”. Entretanto (outro bom substituto), os feeds estão cheios de “mais” atuando como conjunções de forma errônea, uma vez que a simples adição do “i” já muda completamente a palavra, tanto no sentido quanto na classificação, tornando-se um advérbio de intensidade. Em palavras menos complicadas, “mais” significa justamente o oposto de “menos”, sendo comum em frases como “quanto mais, melhor” e “não dá mais pra segurar, explode coração”.

 

Por que x Porque

Embora existam outras variações (porquê, por quê), essas são as mais comuns no cotidiano e, mesmo assim, geram muitas dúvidas e erros quando se trata da linguagem escrita, mais uma vez sabotada pela sonoridade semelhante de palavras diferentes. No caso do “porque”, a versão junta e misturada está ligada às respostas, sendo muito comum em provas e, talvez, seja o mais conhecido dentre suas variações. Por outro lado, a versão “por que” se dirige às perguntas, sendo muito frequente no vocabulário dos curiosos e de professores. Uma boa dica para memorizar a diferença é perceber o “que” destacado em “por que”, já que essa palavra é comumente atribuída a perguntas, como “que lugar é este?” ou “que diferença faz?”.

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