Resenhas

Parasita (기생충)

Foto de divulgação do filme “Parasita” de Bong Joon-ho

Por Vênus

Como vencedor do Oscar de melhor filme 2020, a obra prima do sul coreano Bong Joon – ho, “Parasita”, aborda várias questões enquanto nos prende na história. Na família Kim, um casal e seus dois filhos se infiltram um a um, na casa dos milionários Park, em busca de emprego e ascensão social. Assim, inicia-se a exposição da riqueza do roteiro.

Sua trama, por vezes surpreendente, utiliza do humor, do suspense e do terror para trabalhar a desigualdade social, característica marcante da Coreia do Sul. Dentre elas, podemos ressaltar a atmosfera olfativa que se destaca na experiencia audiovisual e a sutil ideia dos ricos estarem mais altos, morando em uma casa onde subimos escadas, enquanto a família mais pobre vive em uma casa abaixo do nível da rua. Além disso, há outros elementos, como a chuva, que expressam as diferenças de cada classe.

Pensando no cenário, temos um espetáculo de arquitetura e urbanismo expressando a busca pela ascensão social e geográfica da família Kim, e junto da fotografia podemos ver uma mudança de luz e enquadramento de acordo com os personagens. Estes foram muito bem trabalhados pelo diretor e conseguiram representar cada estereótipo de forma orgânica e natural sem forçar a externalização de características padronizadas da classe social estabelecida.

Contudo, “Parasita” é um filme que aborda não só um drama social, símbolos, formas, arquiteturas ou pessoas, mas sim, um movimento de mudança na vida, na coreia  e principalmente, no cinema, sendo o primeiro longa em língua estrangeira nos 92 anos do Oscar a levar para casa o prêmio de Melhor Filme, além de Melhor Diretor para Bong Joon-ho, de Melhor Filme Internacional e de Melhor Roteiro Original.

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